Mapa e Holter: para que servem?

Conheça as diferenças entre os exames e tire todas as suas dúvidas!

Mapa é a sigla para Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial, um exame cardiológico utilizado tanto para diagnóstico quanto para acompanhamento da hipertensão arterial, ao registrar a pressão arterial em vários períodos do dia, inclusive durante o sono. É realizado por meio de um mini-gravador digital acoplado à cintura do paciente, conectado a uma braçadeira presa ao braço e insuflado a cada 20 a 30 minutos.

Esse exame auxilia no diagnóstico de Hipertensão Arterial e seus diferenciais, como hipertensão do avental branco, mascarada, episódica ou resistente ao tratamento, além de possibilitar um acompanhamento e avaliação dos sintomas relacionados à hipotensão (pressão baixa).

Outro exame cardiológico que pode ser feito é o Holter, desenvolvido para monitorar a atividade elétrica do coração de forma contínua, ao longo de 24 horas. É um exame complementar ao eletrocardiograma, usado para detectar alterações que em geral não são notadas em um exame de tempo mais limitado. Através dele são analisados três canais do eletrocardiograma, sem que a pessoa precise alterar a sua rotina. O nome do exame é uma homenagem ao cardiologista Norman Holter, que o inventou em 1949, ao transmitir a uma distância de 15 metros um sinal de eletrocardiograma, usando um equipamento que pesava cerca de 40 quilos.

Assim como o Mapa, o Holter se trata de um mini-gravador digital que é preso à cintura do paciente e conectado ao tórax por meio de fios e eletrodos, em um período de 24 horas. Durante esse tempo o indivíduo deve prosseguir com suas atividades normalmente, podendo ir trabalhar, andar, correr e até mesmo praticar atividades sexuais.

Normalmente os eletrodos levam de dez a 15 minutos para serem colocados e cinco minutos para serem retirados. Após a retirada do aparelho, os dados captados por ele são transferidos para um computador, para serem analisados posteriormente. O resultado do exame é entregue em até cinco dias úteis, e caso haja necessidade de repetir o exame, profissionais entrarão em contato com o paciente.

A indicação para ambos exames é ampla e irrestrita, sem contraindicações. É uma ótima opção para auxiliar o médico na avaliação de sintomas, como por exemplo palpitações, arritmias, episódios de desmaios, angioplastia ou infarto e acompanhamento pós-cirurgia. Também facilita o acompanhamento de pacientes que já possuem marca-passo ou cardio-desfibriladores implantáveis (CDI), cujas programações e ajustes se baseiam nas informações fornecidas pelo Holter.